A Literatura de cordel na feira de Aracati
foto da Literatura de cordel na feira de Aracati
Em Março de 2005, gostei muito de andar na feira de Aracati, pois tive loja com "literatura de cordel" e também um poeta acompanhado de viola : suas declamações foram muito animadas para conquistar os possiveis compradores.
A literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos expostos para venda e pendurados em cordéis (nossa foto). No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado dos Português e na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros com suas caracteristicas proprias : os temas incluam fatos do cotidiano, episodios historicos e lendarios. Por exemplo, eu comprei um folheto que narra a lenda do Lampião (Virgulino Ferreira da Silva 1898-1938), que faz parte da historia brasileira do Nordeste pois, depois seu pai morto em confronto com a policia em 1919, se tornou em criminoso comando um grupo de mais 50 cangaceiros. A lenda é escrita em forma rimada e ilustrada com xilogravuras; o mesmo estilo de gravura usado nas capas de folhetos (nossa foto).
En mars 2005, j'ai beaucoup aimé marcher dans la foire d'Aracati, car il y avait une boutique exposant la "littérature de cordel" ainsi qu'un poète s'accompagnant d'une guitare : ses déclamations étaient très animées pour conquérir les acheteurs éventuels.
La littérature de cordel est une sorte de poème populaire oral qui fut imprimé après en brochures exposées pour la vente et accrochées sur des ficelles (ou cordes à linge, cf. notre photo). Au Nordeste du Brésil, le nom "cordel" fut hérité des Portugais et dans la seconde moitié du XIX ème siècle commencèrent les impressions de brochures brésiliennes avec leurs propres caractéristiques : les thèmes inclurent des faits quotidiens, des épisodes historiques et légendaires. Par exemple, j'ai acheté une brochure qui raconte la légende de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva 1898-1938), lequel fait partie de l'histoire brésilienne du Nordeste car, après la mort de son père dans un conflit avec la police en 1919, il devint "bandit" commandant un groupe de plus de 50 cangaceiros. La légende est écrite sous forme de rimes poétiques et illustrée avec des xylographies du même style de gravure que celui utilisé sur la couverture des brochures (cf. notre photo).
Christian Leray