Chico Buarque e sua canção :
Iracema voou
Iracema voou
Para a América
Leva roupa de lã
E anda lépida
Vê um filme de quando em vez
Não domina o idioma inglês
Lava chão numa casa de chà.
Tem saido ao luar
Com um mimico
Ambiciona estudar
Canto lirico
Não dà mole pra policia
Se puder, vai ficando por là
Tem saudade do CEARA
Mas não muita
Uns dias, afoita
Me liga a cobrar :
"é Iracema da América".
foto do célebre cantor brasileiro Chico Buarque de Holanda
Chico Buarque atualiza o mito do CEARA na sua canção, apresentado Iracema como uma emigrante que vai para a América do Norte, transportando a India para o mundo atual : é uma maneira de nuançar a figura idealizada e romântica de Iracema. No seu romance "O Guarani" (1857) que é o primeiro de uma série de três romances indianistes : Iracema (1865) e Ubirajara (1874), José de Alencar mostra a influência de Rousseau que diz nomeadamente : - Quando mais distante da "civilização", mais incorruptivel era o homem! A mùsica popular brasileira contemporânea mostra também a permanência de Iracema no universo cultural brasileiro.
Chico Buarque actualise le mythe du CEARA dans sa chanson présentant Iracema comme une émigrante qui va en Amérique du Nord, transportant l'Indienne dans le monde actuel : c'est une manière de nuancer la figure idéalisée et romantique d'Iracema. Dans son roman "O Guarani" (1857) qui est le premier d'une série de trois romans "indianistes" : Iracema (1865) et Ubirajara (1874), José de Alencar montre l'influence de Rousseau qui dit notamment : - Plus l'homme sera éloigné de la "civilisation", plus incorruptible sera l'homme! La musique populaire brésilienne contemporaine montre aussi la permanence d'Iracema dans l'univers culturel brésilien.
Christian Leray